
A instalação sonora Estudo #1 para Superfícies Vibrantes está fortemente alicerçada na ideia que tudo é vibração. Neste universo vibratório uma pequena porção é realizada mecanicamente em algum meio organizado por moléculas mais ou menos densas. Estas vibrações nestes materiais específicos e em uma gama de vibrações (20 a 20.000 por segundo) em contato com o ar pode – em alguns casos – serem percebidas pelos humanos e animais como som.
O projeto de instalação sonora “Estudo #1 para Superfícies Vibrantes” está baseado na premissa : … imagine se tudo pudesse virar caixa acústica? De objetos do cotidiano a superfícies dos mais diversos materiais, tudo falasse, tudo cantasse, tudo ressoasse ! Imagine ainda que o som pudesse ser “ouvido” pelos ossos dos dedos, p.ex., ou por contato com qualquer osso transmissor ! Um som despido de sua pele e reduzido às suas componentes mais básicas e primitivas.Além de audível por surdos p.ex.
A instalação é formada por 4 placas finas (.5 cm) com 210 cm de comprimento por 80 cm de largura. Estas placas estão presas por cabos de aço a dois furos na parte superior. Várias disposições das placas são possíveis. Propomos para esta primeira abordagem placas em latão (cobre + zinco), flandres (ferro + aço + estanho), vidro reciclado e madeira tratada. Cada material tem um coeficiente de vibração relativo ao peso (massa) e elasticidade.
A cada placa é fixado um par estéreo de transdutor de superfície – que literalmente transforma a superfície em uma interface sonora – os sons eletrônicos e pensados para cada coeficiente de vibração de cada placa – são transmitidos por pequenos robôs players controlados por sensores de presença, isto é, só produz som na presença de pessoas. Os transdutores de superfície são alimentados por 4 amplificadores de 400 Watts RMS.


Acima temos a figura que representa os diversos tipos de materiais empregados nas placas : flandres (ferro com pouco carbono + aço também descarbonado + estanho depositado por processo eletrolítico); zinco . Na segunda imagem uma descrição técnica do percurso da obra no tempo e com os elementos componentes : ao chegar no território da obra é captado pelo sensor de presença que dispara um “play” para o robô player (placa arduino mega + tocador Midi e sample) que escolhe entre diversos bancos sonoros – 100 sons especialmente desenhados para cada placa e mais alguns sons especiais diversos (humor, quânticos, vozes). Os sons sorteados são enviados para o amplificador que aciona os transdutores de superfície (2 por placa como um par estéreo) que acionam as placas servindo como um cone de alto falante ! Cada placa tem uma sonoridade especial devido ao material e explicitado via construções em poéticas musicais e sonoras que acentuem estes aspectos únicos.
English Version
The sound installation Study # 1 for Vibrant Surfaces is strongly based on the idea that everything is vibration. In this vibrating universe, a small portion is performed mechanically in some medium organized by more or less dense molecules. These vibrations in these specific materials and in a range of vibrations (20 to 20,000 per second) in contact with the air can – in some cases – be perceived by humans and animals as sound.
The sound installation project “Study # 1 for Vibrant Surfaces” is based on the premise – imagine if everything could become a speaker? From everyday objects to surfaces of the most diverse materials, everything spoke, everything sang, everything resonated! Imagine also that the sound could be “heard” by the bones of the fingers, for example, or by contact with any transmitting bone! A sound stripped of your skin and reduced to its most basic and primitive components. In addition to being audible by deaf people, for example.
The installation consists of 4 thin plates (.5 cm) 210 cm long and 80 cm wide. These plates are attached by steel cables to two holes at the top. Various plate layouts are possible. For this first approach, we propose brass plates (copper + zinc), flanders (iron + steel + tin), recycled glass and treated wood. Each material has a vibration coefficient relative to weight (mass) and elasticity.
A stereo pair of surface transducers is attached to each plate – which literally transforms the surface into a sound interface – a speaker – electronic sounds designed for each vibration coefficient of each plate – are transmitted by small robot players controlled by presence sensors, that is, it only produces sound in the presence of people. The surface transducers are powered by four 400 Watt RMS amplifiers
Figures (see above)
Above we have the figure that represents the different types of materials used in the plates: flanders (low carbon iron + also decarbonated steel + tin deposited by electrolytic process); zinc. In the second image, a technical description of the work’s path over time and with the component elements: when people arrives in the work’s territory, they are captured by the presence sensor that triggers a “play” for the player robot (mega Arduino board + Midi and sample player) who chooses among several sound banks – 100 sounds specially designed for each plate and a few more special sounds (humor, quantum, voices). The drawn sounds are sent to the amplifier that drives the surface transducers (2 per plate as a stereo pair) that drive the plates serving as the speaker cone! Each plaque has a special sound due to the material and intensified via constructions in musical and sound poetics that accentuate their unique physical aspects.